Thursday, August 13, 2009

ARSENAL DO ALFEITE - 14 de Julho de 2009

O objectivo deste texto é perpetuar, da forma escrita, a luta dos Arsenalistas iniciada no dia 14 de Julho de 2009, porque é digna de ser contada e recontada a todas as gerações, actuais e vindouras.

OUVEM-SE AS BOTAS, OUVEM-SE AS VOZES...

A última grande luta do Arsenal do Alfeite
- Anda daí, o pessoal está a manifestar-se em frente à administração!
Uma força enorme fez-me obedecer sem hesitar, nunca a vontade esteve tão unida com a razão.
Havia que dizer NÃO! àquilo que nos queriam fazer.
O que vinha aí era mau de mais, anunciava-se o fim de um amor que parecia eterno, separação imposta pela força do poder podre que há já muito tempo se separou do superior interesse do país e se aliou aos interesses dos senhores do dinheiro.
Era um facto: o Arsenal do Alfeite, ancestral estaleiro de construção, reparação e manutenção dos navios da Armada, garante da sua operacionalidade, iria ser extinto como organismo público e entregue ao domínio privado, cedendo-lhe o seu saber único e totalmente com dinheiro dos contribuintes.
A data de execução tinha sido fixada em Decreto-Lei para trinta e um de Agosto de dois mil e nove.
Uma das coisas que mais nos inquietava era terem dito a muitos colegas nossos que não contavam com eles na nova empresa, sem qualquer critério de escolha, sem qualquer fundamento, sem qualquer documento escrito.

Apenas diziam:
Não conto consigo... que desumanidade, ao que isto chegou, dizia-se dentro e fora do estaleiro.

Aos que disseram que contavam com eles, propuseram um acordo com cláusulas incríveis, em que se assinasse o trabalhador não estaria a vender a sua força de trabalho, mas sim todo o seu tempo, o seu espaço, a sua vontade, toda a sua vida. Para a larga maioria, foi preciso terem sido confrontados em responder de vez a esse acordo para descerem à terra. Foi como um interruptor que lhes acendeu a realidade e que despertou um vulcão que muitos pensavam para sempre estar adormecido...

Deixei o edifício da minha divisão, já meio deserto, e sob o tórrido calor de um princípio de tarde de verão, pus-me a caminho da administração.
Ao meu lado esquerdo, paralela ao edifício onde eu trabalhava, alongava-se a doca seca do estaleiro, preenchida pela Vasto da Gama, seminua, abandonada, envolta apenas num silêncio enorme que me sussurrava baixinho: - vai, já estás atrasado...
Dobrei a oficina de pintura e tomei a longa recta que terminava nos portões do estaleiro.
A meio da rua, caminhando na minha direcção, via-se uma multidão que se agitava em tons de azul, soltando bramidos imperceptíveis ao longe, com certeza eram palavras de ordem pela defesa dos nossos postos de trabalho.
Juntei-me a eles entre a antiga oficina de serralharia e montagem, ou simplesmente máquinas, e os serralheiros civis.
Se antes eu já era um deles em alma e pensamento, tornara-me um deles em corpo também.
Entrámos na serralharia determinados, unidos, emocionados, revoltados, convictos do que queríamos, invadidos por um sentimento de união e de força colectiva capaz de mover montanhas, de atravessar rios e oceanos, nada nos faria parar!
- Andem daí! Vamos embora! – gritámos para os nossos camaradas da serralharia civil.
Vieram de imediato.
O mesmo aconteceu na ferraria, carpintaria, pintura, manutenção, construção naval.
A adesão parecia total.
A coluna agigantava-se em comprimento e em voz, serpenteando pelas ruas do Estaleiro.
Seguiu-se a escola de formação, a divisão de armamento, depois o refeitório, a electricidade, a galvanoplastia.
Virámos para as traseiras da divisão de mecânica, onde sobressaiam as grandes oficinas das máquinas e da caldeiraria de tubos. Depois virámos para o lado direito, passando pela contabilidade, sala de desenho, informática, aproximávamo-nos do edifício da administração.
Por onde passámos, chamámos os nossos camaradas para a luta.
Tratava-se da luta das nossas vidas, pela vida do nosso Arsenal. Todos perceberam isso e se envolveram num dos mais belos movimentos da história da luta da classe trabalhadora.
Eramos cerca de um milhar de trabalhadores em fúria, por nos ter sido dito “não contamos consigo”, por nos ter sido imposto um acordo cessável a trinta dias sem justa causa, tendo como alternativa a precariedade da mobilidade especial. A certeza de um futuro incerto.
Mas que forma de reconhecer e premiar aqueles que desde sempre souberam garantir a operacionalidade dos navios da Marinha de Guerra Portuguesa!
Ocorria-nos um sentimento de perda irreparável, por isso nada mais tinhamos a perder. E o movimento crescia, crescia!...
A exaltação também.
A nossa absoluta convicção na justeza do protesto aliou-se ao desespero e à raiva há muito tempo contida, gerando um fenómeno imparável, imprevisível, incontrolável.
Em plena base militar, o poder estava nas ruas, na luta dos trabalhadores civis do Arsenal do Alfeite!
Chegámos ao edifício da administração e deu-se o inesperado. Muitas dezenas de
trabalhadores em fúria irromperam ruidosamente pela porta lateral do edifício, invadindo o seu interior.
Da rua conseguia-se ouvir a correria nos corredores, o gritar de palavras de ordem, o
estilhaçar de vidros pela trepidação à passagem agitada dos invasores.
O ambiente era surreal, assustador, mas ao mesmo tempo belo e pleno de simbolismo.
Concentrámo-nos diante da entrada principal da administração, por onde saíram os que tinham invadido o edifício, já acompanhados pelo pessoal que ali trabalhava. O nosso objectivo era
manifestar de forma bem vincada o repúdio pela situação e rejeitar o assinar de qualquer novo acordo ou contrato, uma vez que já tínhamos assinado um quando fomos admitidos no Arsenal do Alfeite.
Acima de tudo, que suspendessem o processo de extinção do Arsenal e garantissem o posto de trabalho a todos os arsenalistas. Cerca de um milhar de trabalhadores gritava em uníssono
“não assinamos”, “trabalho com direitos sim, desemprego não” ou “a luta continua”.
Não sairíamos dali enquanto a situação não fosse resolvida!
Reparei na chegada do Administrador do Arsenal do Alfeite, vindo do almoço, entrando em passo apressado pela porta lateral do edifício.
Alguns minutos depois enfrentou a multidão, deu a cara, como bom exemplo da velha guarda, embora tenha sido vaiado pela grande maioria dos que ali estavam.
Os membros da comissão de trabalhadores e da comissão sindical, que entretanto
tentavam refrear um pouco os ânimos sem grande sucesso, facultaram-lhe um megafone para que mais facilmente pudesse ser ouvido por todos.
Demasiado acalorado, tirou a gravata e procurou fazer-se ouvir perante o burburinho que ali estava instalado :
- Um momento, um momento.
O pessoal acalmou-se um bocado. O Administrador prosseguiu:
- Eu não vim para o Arsenal do Alfeite há dois dias! Nem há dois meses! Nem há dois anos!
Eu conheço o Arsenal do Alfeite desde mil novecentos e setenta e nove! Portanto, eu sei muito bem o que é o Arsenal do Alfeite – fez uma breve pausa, depois prosseguiu:
- Neste momento, quem é o Administrador do Arsenal do Alfeite sou eu.
- Eu tenho acesso ao Secretário de Estado.
- Eu tenho acesso ao chefe da Marinha.
- Relativamente a esta questão que vocês estão a pôr... eu comprometo-me a ir tratar do assunto, em ir falar com a administração da nova empresa, em ir falar com o Secretário de Estado, no sentido de ver se as coisas podem ser tratadas
de outra maneira – concluiu.
Ouviram-se mais aplausos do que vaias, as suas palavras caíram bem entre grande parte dos trabalhadores.
Porém, apesar de conhecer o Arsenal do Alfeite há trinta anos, a sua visão do
estaleiro chocou várias vezes com aspectos da cultura e da identidade arsenalista, e nem todos se tinham esquecido de que ele sempre se manifestou a favor da passagem do Arsenal do Alfeite a sociedade anónima, admitindo a possibilidade de se reduzir pessoal.
Outro episódio houve em que, num plenário convocado por si, a maioria dos presentes riu à gargalhada quando afirmou que uma das coisas que o Arsenal do Alfeite mais necessitava era de aumentar o número de engenheiros.
Sentindo a sua classe ofendida, mal terminou o plenário enviou uma mensagem de solidariedade a todos os licenciados, expressando-lhes o seu apoio contra o que apelidou de "basismo empedernido”, referindo-se claramente a quem se riu da sua afirmação.
Muito boa gente com responsabilidades nunca deu ou nunca quis dar real importância aos executantes, aos seus saberes e conhecimentos adquiridos, à sua invulgar capacidade de resolução de problemas em oficina e a bordo.
Ao longo dos setenta anos de história do Arsenal do Alfeite, foi esse o segredo e a chave para o bem sucedido cumprimento da missão que foi confiada ao Arsenal. Porque é nas oficinas e a bordo que se fazem as coisas.
Foi nos seus anos como Administrador do Arsenal do Alfeite que se iniciou, operou e
concluiu o processo de transformação do organismo público Arsenal do Alfeite em sociedade anónima, mas talvez o processo não tenha decorrido conforme tinha idealizado, talvez tivesse sido até enganado, só ele sabe.
Certo é que, naquela tarde bem quente de Julho, ele parecia não estar contra nós. Porém, a sua intervenção nem sequer beliscou o fervor descontente da multidão.
Ninguém arredou pé. Estávamos todos juntos e determinados como nunca se tinha visto, volta e meia gritando bem alto:
- Não assinamos!... Não assinamos!...

Numa posição privilegiada no andar superior do edifício da direcção técnica, paralelo ao da administração, alguns chefes de divisão assistiam divertidos ao protesto e, segundo alguns testemunhos, tiravam fotografias e filmavam.
Corria pelo Arsenal que lhes haviam prometido carros de empresa, cartões de abastecimento gratuito de combustível e outros incentivos, para que a futura
administração já os tivesse na mão.
Apesar dos boatos serem uma característica arsenalista, na verdade eles falavam e agiam como se já estivessem a trabalhar para a nova empresa, pressionando incrivelmente as pessoas no sentido de estas assinarem pela futura Arsenal SA.
Outros sentiram-se com um poder aparentemente ilimitado e demonstraram o pior que há nos seres humanos quando acontecem situações semelhantes. Eram também estas razões que alimentavam o sentimento de revolta de todos nós, e naquela tarde esse sentimento atingiu uma magnitude tremenda, como tremendo era o asco perante aqueles que nos estavam a fazer mal ou a gozar com a nossa dignidade.
Percebendo isso, e perante o olhar ferido de raiva e a atenção de cada vez mais pessoal apontando-lhes o indicador, eles apressaram-se em cerrar as cortinas, apagar as luzes e zarpar dali para fora.
Foi melhor assim, para eles e para nós.

Subitamente, vindo do refeitório em direcção aos portões do estaleiro, um carro escuro de gama alta foi travado pela barreira humana que ocupava totalmente a rua.
A maioria reconheceu o condutor como sendo um antigo administrador do Arsenal do Alfeite... a reacção foi colectiva e automática:
- Não passa!
E não passou. Mais tarde surgiram outros carros parecidos, sempre transportando velhas figuras conhecidas dos arsenalistas, todas elas do topo da hierarquia do estaleiro.
Coincidência das coincidências, nesse dia tinha havido um almoço especial, muito pouco divulgado, um banquete em que terão participado alguns antigos, actuais e futuros directores e administradores do Arsenal.
Algumas viaturas ficaram cerca de duas horas bloqueadas pelo protesto, outras apenas alguns minutos, mas não passaram! Não entravam nem saíam carros! Quem quisesse, era livre de sair ou entrar, mas pelo seu próprio pé.
A nossa posição estava bem vincada e era unânime. Não sairíamos dali enquanto não
tivéssemos garantias de que a situação iria mudar.
O ambiente nunca deixou de ser tenso, mas tornou-se estável. Uns procuraram uma sombra para se abrigarem do Sol, outros sentaram-se nos vários espaços relvados diante do edifício da administração, mas a maioria estava de pé, bloqueando
a passagem dos carros, manifestando o seu desagrado, conversando uns com os outros, trocando ideias, formando correntes de opinião.
O Administrador andava de um lado para o outro, desdobrando-se em esforços para deixarmos sair os carros, dizia que aquelas pessoas nada tinham a ver com a situação. Bem, se virmos bem, muitos dos que tiveram grandes responsabilidades no Arsenal do Alfeite acabaram por ter a sua quota parte de culpa pela situação a que o estaleiro chegou...
Houve um carro que quase conseguiu sair, tendo sido travado mesmo junto aos portões por um grupo de pessoal que se apercebeu a tempo. Um colega soldador ainda levou um toque nos joelhos, quem viu garante que podia ter sido evitado, o ambiente aqueceu novamente...
O condutor manteve-se calmo, imperturbável, segundos depois pediu desculpa ao rapaz e o episódio acabou ali.
Quando as pessoas se esforçam para chegar a um entendimento digno, as coisas costumam correr bem.
Foi o que nunca aconteceu no processo de transformação do Arsenal do Alfeite, pois os órgãos representativos dos trabalhadores do Arsenal nunca foram ouvidos durante a fase de estudo e decisão do processo.
O Administrador bem tentava que desmobilizássemos, mas não tinha qualquer controlo sobre as pessoas.
Nem ele nem os nossos órgãos representativos, visivelmente preocupados com a
situação.
A hora de saída aproximava-se e tínhamos de tomar decisões.
Diante da entrada principal do edifício da administração, no meio do espaço relvado, há uma espécie de lago artificial, delimitado por um pequeno muro com cerca de meio metro de altura.
Esse muro serviu de palanque sempre que os órgãos representativos tinham algo para nos dizer, como era o caso.
Exceptuando o pessoal que barrava solidamente a passagem de viaturas nos portões do estaleiro, todos fomos ouvir as novidades, para que depois pudéssemos tomar decisões.
O que nunca tinha acontecido em meses fora conseguido numa tarde memorável.
A comunicação social já sabia e noticiava o sucedido, apesar de não estar autorizada a entrar na Base para cobrir este tipo de situações.
O Ministério da Defesa prontificou-se em receber os nossos representantes com urgência.
A administração da futura Arsenal SA. aceitou reunir-se na manhã seguinte com a comissão de trabalhadores.
A luta começara a surtir efeitos.
Sabendo das novidades, decidimos desmobilizar no estaleiro e concentrarmo-nos no exterior, junto aos portões do Laranjeiro, onde nos esperavam inúmeros órgãos de comunicação social. Os carros puderam finalmente sair do Arsenal com normalidade. Decidimos também esperar pela reunião da manhã seguinte e, mediante a nossa análise ao resultado dessa reunião, determinaríamos qual o seguimento a dar ao movimento imparável que tínhamos iniciado.
Nos dias que se seguiram, e perante a firmeza da nossa luta, apoiada e saudada vivamente pelas duas maiores forças políticas portuguesas de esquerda, sob a vigilância atenta de grande parte da comunicação social, multiplicaram-se as reuniões com o Ministério da Defesa e com a administração da futura SA, as cedências conteciam em todos os dias, surgiram várias versões da minuta do acordo, cada vez mais brandas e menos restritivas, com múltiplas supressões e alterações de cláusulas, apesar da continuidade daquela cláusula maldita que permitia que nos empurrassem para a mobilidade, agora a noventa dias.
Nada disto teria acontecido sem a grande jornada de luta iniciada de forma espontânea pelos trabalhadores do Arsenal do Alfeite naquela saudosa e escaldante terça-feira, que permitiu colocar os representantes dos trabalhadores a negociar, quer com o Ministério da Defesa, quer com a administração da futura Arsenal SA.

Em catorze de Julho de mil setecentos e oitenta e nove, em Paris, heróis revolucionários tomaram a Bastilha e escreveram uma das mais importantes páginas da história da Humanidade.
Exactamente duzentos e vinte anos depois, os trabalhadores do Arsenal do Alfeite, através da força e determinação da sua luta, provaram que, mesmo numa fase histórica de clara perda de direitos, é possível fazer ceder o monstro capitalista nas suas intenções desumanas de transformar o trabalhador cada vez mais num escravo remunerado.
Por isso, agora e sempre, e tal como deve acontecer na defesa da Liberdade e da Democracia, a luta dos trabalhadores continua, tem que continuar, todos os dias, todas as horas, em todos os momentos, em todos os lugares, na procura de um mundo socialmente mais justo e humanamente equilibrado.

José Soares, arsenalista, 7 de Agosto de 2009.

REVISTA HÉLICE - Nº 5



Já está disponivel o nº 5 da Revista Hélice


Esta Revista é editada pela Casa do Pessoal do Arsenal do Alfeite, e distribuída gratuitamente a todos os sócios.


Os sócios que a queiram adquirir, podem solicitá-la na sede da Casa do Pessoal, na Cooperativa Piedense, na Cova da Piedade.


Na capa desta Revista, uma fotografia, de autor desconhecido, julga-se dos anos 60, com a saída do pessoal após um dia de trabalho.

Thursday, January 22, 2009

REVISTA HÉLICE - Nº 4



Já está disponivel o nº 4 da Revista hélice

Esta Revista é editada pela Casa do Pessoal do Arsenal do Alfeite, e distribuída gratuitamente a todos os sócios.

Os sócios que a queiram adquirir, podem solicitá-la na sede da Casa do Pessoal, na Cooperativa Piedense, na Cova da Piedade.

Na capa desta Revista, pode ver uma Lancha Rápida, totalmente projectada e construída no Arsenal do Alfeite.

PRÉMIO ARSENAL DO ALFEITE - 70 ANOS - LETRAS E TECNOLOGIA

Prémio Arsenal do Alfeite

- 70 anos -

Letras e Tecnologia

No âmbito da comemoração dos 70 anos do Arsenal, está aberto um
concurso para textos de literatura, prosa ou poesia, e também a produção
de outras obras escritas no campo das ciências sociais (economia, direito,
sociologia, etc) ou da tecnologia.
O tema é livre, mas deve de algum modo estar relacionado com o Arsenal
e a sua actividade. Os textos escritos não podem exceder 60 000 caracteres
(cerca de 20 páginas A4 com tipo de letra Times New Roman, tamanho 12).
Podem concorrer os actuais trabalhadores, militares e civis, bem como o
elementos pertencentes ao seu agregado familiar e aposentados do Arsenal.
Os trabalhos serão apreciados por um júri constituído por um
representante da administração do Arsenal , que preside, outro da Casa do
Pessoal do Arsenal do Alfeite e pelo Comandante da Fragata D. Fernando II e
Glória, CMG Rocha e Abreu. Estes membros do júri podem, conjuntamente,
cooptar outros dois membros entre individualidades independentes.
Os prémios serão em número variável, sem ordenamento, a atribuir de
acordo com a decisão do júri. Os prémios designam-se por Prémio Arsenal do
Alfeite - 70 anos - Letras e Tecnologia e os respectivos trabalhos serão
publicados em conjunto, numa publicação comemorativa dos 70 anos do
Arsenal do Alfeite. A todos os concorrentes aceites será entregue um diploma e
aos premiados será entregue um diploma e um objecto simbólico.
Os concorrentes devem entregar os trabalhos a concurso em formato
digital, enviando para concursoletrasetecnologia@arsenal-alfeite.pt em ficheiro
"Word" ou "pdf", Os ficheiros não devem conter identificação, devendo a
mesma ser colocada na mensagem de e-mail. No acto da recepção será
confirmada pela mesma via a recepção da candidatura ao prémio.
Os familiares de trabalhadores devem indicar o parentesco no e-mail e os
aposentados devem indicar essa condição.





A data limite para concorrer é 3 de Abril de 2009 às 17h00.





Arsenal do Alfeite, 21 de Janeiro de 2009





O Administrador
Victor M. Gonçalves de Brito

EXPOSIÇÃO " NA ESTEIRA DO ARSENAL"

Exposição “Na Esteira do Arsenal: 70 anos de História no Alfeite”
Informa-se que a entrada na exposição “Na Esteira do Arsenal: 70 anos de
História no Alfeite”


É gratuita para todos os funcionários civis, militares e
reformados do Arsenal do Alfeite, mediante a exibição do respectivo cartão de
funcionário ou reformado.

A exposição está patente no Museu da Cidade de Almada, na Cova da
Piedade, até Agosto de 2009, de terça-feira a sábado entre as 10h00 e as
18h00.

Arsenal do Alfeite, 20 de Janeiro de 2009


O Administrador
Victor M. Gonçalves de Brito

NA ESTEIRA DO ARSENAL - 70 ANOS DE HISTÓRIA NO ALFEITE

Na Esteira do Arsenal: 70 anos de História do Alfeite
Data
Até ao mês de Agosto
Horário
Terça a sábado, das 10h às 18h
Local / Locais
Museu da Cidade, Cova da PiedadePraça João Raimundo, Cova da Piedade


Descrição
O Museu da Cidade na Cova da Piedade apresenta, a partir de 17 de Janeiro, a exposição Na Esteira do Arsenal: 70 Anos de História no Alfeite uma iniciativa da Câmara Municipal de Almada no âmbito das comemorações do 70º aniversário deste estaleiro, onde são apresentadas peças de arqueologia cedidas pelo Museu da Marinha e pelo próprio Arsenal, contando ainda com dezenas de fotografias e testemunhos de trabalhadores arsenalistas. A exposição é composta por três grandes núcleos (“Ferro, Fogo e Força”, “Ser Arsenalista” e “O Arsenal e a Cidade”), distribuidos nos dois pisos do Museu da Cidade.
Sobre os três núcleos da exposição

“Ferro, Fogo e Força”
No piso 2 e parte do piso 1 vai encontrar as oficinas mais emblemáticas: a sala do risco (onde se desenhava à escala real peças para a reparação e construção naval), a fundição, a caldeiraria, o controlo de qualidade e as áreas de mecânica, electricidade e electrónica. Podem também ser vistas várias réplicas à escala de embarcações construídas no estaleiro e a consola do “Barracuda”, o 1º submarino português ou assistir um filme com imagens antigas e actuais do Arsenal do Alfeite.

“Ser Arsenalista”
A cultura e a vivência no interior do Arsenal do Alfeite é o tema central deste segundo núcleo da exposição (piso 1). Entre várias peças, pode encontrar uma colecção do jornal “O Eco do Arsenal” e uma bicicleta (meio de circulação interno). Num pequeno auditório passa um filme com depoimentos de várias gerações de trabalhadores com as mais diversas funções.

“O Arsenal e a Cidade”
O terceiro e o último núcleo da exposição (piso 1) recorda o crescimento de Almada no século XX, a partir da transferência do estaleiro para o concelho. A exposição termina com a referência ao Arsenal do Alfeite como grande pólo de emprego, tecnologia e indústria.
Durante a visita à exposição “Na Esteira do Arsenal: 70 Anos de História no Alfeite” estará disponível um jornal (gratuito) e um catálogo (pago) sobre os 70 anos de actividade do Arsenal da Marinha no concelho de Almada.

Organização
Câmara Municipal de AlmadaMuseu da Cidade